Mensagem da Governadora
Prezados Companheiros
Em nosso Calendário Rotário, sempre tivemos meses especiais, aos quais eram destinados temas objetivando comissões ou áreas específicas que mereciam ser destacadas.
A partir deste período, estas designações foram alteradas, envolvendo sobretudo, as áreas de enfoque presidencial, embora mantendo algumas das anteriormente existentes.
Para o mês de julho, não houve nenhuma designação especial, por ser o mês da transição de um período para outro, marcado pela posse dos novos dirigentes e administradores de Rotary, preocupados assim, com a organização e início do desenvolvimento de seus trabalhos.
Desta forma, resolvi homenagear o nosso grande idealizador, este ser iluminado que lançou em solo fértil uma semente que germinou e que, após cento e dez anos, continua viva, dando flores e frutos para alegrar nossas vidas. E eu homenageio Paul Harris, através de uma poesia.
Pairam sobre mim, certas imagens;
coisas que o vento leva e o tempo traz
e eu fico a imaginar outras paragens
que deveriam existir século atrás,
quando a sonhar, um jovem aventureiro
ousou uma certa ideia conceber
e dando corpo a esta imaginação de outrora,
deu para o mundo, um presente, sem saber.
Não era nada demais, até bem simples:
só pessoas, queria ele aproximar
para trocar ideias, estreitar laços
e em momentos difíceis, se amparar,
pois o mundo em que vivia em tal momento,
já estava a cada dia, a assustar
e preocupava ao jovem peregrino
que desejava sua vida melhorar.
A cidade de Chicago era o palco
onde todos os desatinos aconteciam
e as famílias de bem, amedrontadas,
com bandidos e facínoras conviviam.
Não diferente do mundo de agora
em que apesar de toda a tecnologia,
ainda não se achou o melhor caminho
para dar ao ser humano, a harmonia.
Paul Harris vivia só, bem longe da família,
seus contatos eram profissionais e objetivos,
falava de negócios, leis, finanças
e estes devem ter sido seus motivos
para tentar os amigos aproximar
e com base no companheirismo,
com alegria, seriedade e amizade,
uma família diferente organizar.
E assim nasceu nossa instituição,
sob a égide do trabalho voluntário
que dissemina paz, boa vontade
e faz da convivência entre as nações,
um elo de confiança e humanidade,
unindo o mundo, transformando vidas,
trazendo a paz e a solidariedade
e no ato de SERVIR, a humildade.
E tão generoso foi o dom dessa semente
que pelo mundo se estendeu rapidamente
e num impulso de renovação,
fez surgir a nossa Fundação,
a minorar da humanidade, o sofrimento,
extirpando para sempre, esse tormento
do vírus selvagem da infantil paralisia,
já quase, quase, em total extinção.
Mas estamos nesta longa caminhada
porque somos do bem, da igualdade,
da paz, do amor e da fraternidade.
Trabalhamos lemas altamente alvissareiros
que tornam o mundo melhor, mais verdadeiro
no caminho da luz e da união,
para que os povos se unam e se respeitem
que olhem uns aos outros como irmãos
na vibração de um único coração.
E que sejamos o reflexo da bondade
para que não choremos de saudade
ao relembrar o bom tempo que passou.
E comemorando do Rotary, o brilho intenso,
busquemos o melhor dos sentimentos
que brotam em nossa alma, lá no fundo.
Pois ao irradiarmos esta energia imensa,
SEREMOS UM PRESENTE PARA O MUNDO
Ivone Sacchetto
Governadora 2015/2016
MENSAGEM DO PRESIDENTE DE RI 2015-16
Queremos grandes conquistas para o Rotary. Admiramos aqueles que deram grandes presentes para a humanidade: Abraham Lincoln, que deu dignidade humana aos oprimidos; Madre Teresa, que ofereceu compaixão aos esquecidos; Mahatma Gandhi, que deu a dádiva da mudança pacífica aos dominados. Suas vidas se tornaram presentes para o mundo.
Podemos nos inspirar nos exemplos deles e perguntar: “Como eu, com a vida que eu vivo, e sem deixar de lado as responsabilidades que são tão importantes para mim, posso me tornar um presente para o mundo?”. Ao escolher meu lema, pensei nas lições que aprendi por meio da minha fé hindu. Eu pensei principalmente na história de Sudama.
Sudama foi uma criança pobre e era um amigo de confiança de Krishna, que nasceu em uma linhagem real como um avatar – a encarnação de um ser divino. Os dois meninos cresceram juntos, mas acabaram se afastando depois de adultos. Enquanto Krishna tornou-se um líder militar e rei de grande renome, Sudama permaneceu um camponês humilde.
Os anos se passam e Sudama está passando por dificuldades. Ele se vê sem dinheiro até mesmo para alimentar os filhos. Sua esposa o lembra de sua amizade de infância com Krishna: talvez seja o momento de ir ao poderoso governante pedir ajuda. Relutantemente, Sudama concorda, mas decide não ir de mãos vazias. Ele junta um pouco de arroz – toda a comida que sua família tinha – e o embrulha em um pedaço de pano como presente para o amigo.
Quando Sudama entra no palácio, ele é surpreendido pela suntuosidade do lugar e pela amável hospitalidade de Krishna. Seu presente modesto, tão cuidadosamente preparado, parece um lembrete humilhante de sua pobreza.
Krishna abraça Sudama, que esconde a mão, segurando o arroz por trás das costas. Krishna pergunta o que ele está segurando.
Longe de ser desdenhoso, Krishna aceita o arroz com gratidão e o consome com alegria enquanto os dois se sentam e conversam. As horas passam, durante as quais a satisfação dessa amizade reacendida afasta da mente de Sudama todos os pensamentos de sua difícil situação. Quando a noite cai, Sudama prepara-se para voltar à casa – e só então ele percebe que negligenciou sua tarefa. Ele retorna com nada; Krishna tinha comido os últimos grãos de arroz de sua família.
Sudama reveste-se de coragem para voltar aos seus filhos famintos. Mas, parado diante de seu portão, com o amanhecer começando a raiar, ele vê que a cabana que deixara no dia anterior tornou-se uma casa imponente, e, esperando para cumprimentá-lo, está sua própria família: bem vestida e bem alimentada pelas cestas de alimentos que apareceram em sua cozinha, enquanto Krishna comia cada grão de arroz de Sudama.
Krishna entendeu o que Sudama lhe trouxera: tudo o que ele tinha para dar. Em troca, Krishna deu-lhe tudo o que ele precisava. Nunca é o valor material de um presente o que importa – é o amor que vem com ele. Assim como o oferecimento de Sudama para Krishna tornou-se uma dádiva para Sudama, o que damos por meio do Rotary se torna uma dádiva para nós. E todos nós temos uma escolha: manter nossos dons para nós mesmos ou fornecê-los a outros, e ser um presente para o mundo.
Nós temos só uma chance em nossas vidas. E nós teremos só uma chance neste novo ano rotário. Este é o nosso momento. Vamos agarrar esta oportunidade com unhas e dentes. Seja um Presente para o Mundo.